Degustando leituras
degustar (Lat. degustare), v. tr. saborear
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01 abril, 2021
24 julho, 2020
"Só Depois, Amanhã" - David Fonseca
Fiz-me ao mar e fui em frente
Disse adeus à minha gente
Fui tão longe e pra nunca mais voltar
Queria mais, eu queria tudo
Mas tão grande é o mundo
Deixei de ver-te
Caí na noite
E tu voltaste para me buscar
Vou-te abraçar, eu vou
Pra não mais largar, eu sou
Barco no mar que encontrou
A luz da manhã
Onda a quebrar e quem
Vai querer largar, ninguém
E vou chorar, mas só depois
Amanhã
Meia-volta, estou a caminho
Caminho só mas não sozinho
Vou ter de volta o que um dia já foi meu
Já livre dos meus fantasmas
Diz-lhe que hoje eu vou pra casa
Hoje eu deixo tudo
Não há fronteira no mundo
Que me impeça de te encontrar
12 junho, 2020
09 junho, 2020
Multimédia AaZ | Iniciativa Educação
Multimédia AaZ | Iniciativa Educação: Biblioteca de todos os vídeos e materiais multimédia produzidos no âmbito do programa AaZ - Ler Melhor, Saber Mais. As Histórias de AaZ são um desses exemplos.
17 maio, 2020
Só eu Sinto Bater-lhe o Coração | Miguel Torga
(Alguém há-de guardar este tesoiro!)
E, como dorme, afago-lhe o cabelo,
Que mesmo adormecido é fino e loiro.
Só eu sinto bater-lhe o coração,
Vejo que sonha, que sorri, que vive;
Só eu tenho por ela esta paixão
Como nunca hei-de ter e nunca tive.
E logo talvez já nem reconheça
Quem zelou esta flor do seu cansaço...
Mas que o dia amanheça
E cubra de poesia o seu regaço!
Miguel Torga, in 'Diário (1946)
06 maio, 2020
Tempestade | Pedro Abrunhosa (com Carolina Deslandes)
Não estamos sós na tempestade
Ainda há luz neste mar alto
Ainda há anjos de verdade
Voam sozinhos no asfalto
Semeiam sonhos pelas trevas
Trazem histórias de saudade, meu amor
Não estamos sós na tempestade
Meu pai, não vás da nossa mesa
Não me ensinaste tudo ainda
Esperarei de luz acesa
Conta-me histórias de Coimbra
Foste montanha a vida inteira
Como a distância me incendeia, meu pai
Não vás tão cedo desta mesa
Ainda há luz neste mar alto
Ainda há anjos de verdade
Voam sozinhos no asfalto
Semeiam sonhos pelas trevas
Trazem histórias de saudade, meu amor
Não estamos sós na tempestade
Meu pai, não vás da nossa mesa
Não me ensinaste tudo ainda
Esperarei de luz acesa
Conta-me histórias de Coimbra
Foste montanha a vida inteira
Como a distância me incendeia, meu pai
Não vás tão cedo desta mesa
Quando eu voltar, abraça-me por dentro
Aperta-me de tempo, é tão tarde o amor, é tão tarde
O primeiro dia há de ser mais que primeiro
Vem salvar-me por inteiro, no futuro ninguém quer só metade
Meu amor
Não estamos só na tempestade
Não estamos sós nesta tormenta
Ainda há festa na varanda
Uma canção que a noite inventa
Chega das vozes de outra banda
Alguém que toca uma guitarra
Há quem se agarre enquanto dança, meu amor
Vamos estar juntos na bonança
Não estamos sós nesta saudade
A rua chora no mesmo aperto
Há andorinhas na cidade
São beijos teus no céu aberto
Quero ver-te ao fim da tarde
Mas já não tarda a liberdade, meu amor
Não estamos sós na tempestade
Quando eu voltar, abraça-me por dentro
Aperta-me de tempo, é tão tarde o amor, é tão tarde
O primeiro dia há de ser mais que primeiro
Vem salvar-me por inteiro, no futuro ninguém quer só metade
Meu amor
Não estamos só na tempestade
Meu amor
Não estamos só na tempestade
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