Pesquisar neste blogue

22 janeiro, 2017

The Sound Of Silence

Hello darkness, my old friend,
I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence
In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone,
'Neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence
And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one dared
Disturb the sound of silence
"Fools" said I,
"You do not know, silence like a cancer grows
Hear my words that I might teach you,
Take my arms that I might reach you"
But my words like silent raindrops fell,
And echoed
In the wells of silence
And the people bowed and prayed
To the neon god they made
And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming
And the signs said,
"The words of the prophets are written on the subway walls
And tenement halls
And whisper'd in the sounds of silence


Nossas vidas começam a terminar no dia...








"Our lives begin to end the day we become silent about things that matter." - 
Martin Luther King, Jr. 

"Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam."-
 Martin Luther King, Jr.

Fotografia: © Jonatasphotography
Reproduzida com autorização do autor

14 janeiro, 2017

Esperança



Foto de Jonatasphotography.


"Se um dia perder a esperança,
vá procurá-la nos olhos
de uma criança"

Tagore


Fotografia: © Jonatasphotography
Reproduzida com autorização do autor

10 janeiro, 2017

Os dois sonetos de amor da hora triste

I

Quando eu morrer - e hei-de morrer primeiro
do que tu - não deixes fechar-me os olhos
meu Amor. Continua a espelhar-te nos meus olhos
e ver-te-ás de corpo inteiro

como quando sorrias no meu colo.
E, ao veres que tenho toda a tua imagem
dentro de mim, se, então, tiveres coragem,
fecha-me os olhos com um beijo.
                                                        Eu, Marco Pólo,

farei a nebulosa travessia
e o rastro da minha barca 
segui-lo-ás em pensamento. Abarca

nele o mar inteiro, o porto, a ria...
E, se me vires chegar ao cais dos céus,
ver-me-ás, debruçado sobre as ondas, para dizer-te adeus.

II

Não um adeus distante
ou um adeus de quem não torna cá,
nem espera tornar. Um adeus de até já,
como a alguém que se espera a cada instante.

Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar
de novo para ti, no mesmo barco
sem remos e sem velas, pelo charco
azul do céu, cansado de lá estar.

E viverei em ti como um eflúvio, uma recordação.
E não quero que chores para fora,
Amor, que tu bem sabes que quem chora

assim, mente. E, se quiseres partir e o coração
to peça, diz-mo. A travessia é longa... Não atino
talvez na rota. Que nos importa, aos dois, ir sem destino.


Álvaro Feijó
 in Corsário (1940)

 

Durante a cerimónia no Mosteiro dos Jerónimos ouviu-se um registo da voz de Maria Barroso a declamar dois poemas de Álvaro Feijó.

http://www.rtp.pt/noticias/pais/os-dois-sonetos-de-amor-da-hora-triste_v975047



08 janeiro, 2017

«Para ti, Meu Amor»


«Para ti
Meu amor
Levanto a voz
No silêncio
Desta solidão em que me encontro
Sei que gostas de ouvir
A minha voz
Feita de palavras ternas e doces
Que invento para ti
Nos momentos calmos
Em que estamos sós
Sei que me ouves
Agora…
… uma vez mais
Apesar da distância
E do silêncio
… … …
Opera esse milagre
Simples
Como tudo o que é natural
… … …»

Poema de Mário Soares, dedicado à mulher, Maria Barroso, escrito quando se encontrava detido no Aljube.



In: MENDES, Carlos, 1947 – Não me peças mais canções [Registo sonoro]. [s.l.]: Strauss, 1994. 1 disco (cd) (41 min., 10 seg.) : stereo. Faixa 7 : Para ti meu amor.