Que não aporta no beiral. Não há Amor que mais me leve, Que aquele em que se escreve, Ai... Lume brando, Paz e fogo, E a Luz final. Desço do Porto ao Rossio, Levo o abraço do rio, Douro amante do Tejo, Nos ecos dum realejo, Chora minha guitarra, Trazes-me a Paz da cigarra, Num desencontro encontrado, Sou um Comboio de Fado.
Se for morrer a Coimbra, Traz-me da Luz a penumbra, Do Amor que nunca se fez, Corre-me o sangue de Inês, Mostra-me um sonho acordado, Somos um Povo alado, Um Povo que vive no Fado A Alma de ser diferente. Não há Amor com mais tamanho, Que este Amor por ti eu tenho, Voo de pássaro redondo, Que não aporta no beiral. Não há Amor que mais me leve, Que aquele em que se escreve, Ai... Lume brando, Paz e fogo, E a Luz final.
Autor: Pedro Abrunhosa @ "Desfado"
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